sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Igreja de pastor preso por estupro ganhou imóvel de R$ 8 milhões

Igreja de pastor preso por estupro ganhou imóvel de R$ 8 milhões
Religioso foi preso na noite de terça-feira, acusado de estuprar fiéis

Publicação: 10/05/2013 09:05 Atualização: 10/05/2013 10:21


PASTOR MARCOS PEREIRA 



Um luxuoso apartamento de frente para a Praia de Copacabana, na zona sul do Rio, que e
stá em nome da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD), foi doado em 2009 por um fiel da igreja presidida pelo pastor Marcos Pereira da Silva, de 56 anos. O religioso foi preso na noite de terça-feira pela Polícia Civil, acusado de estuprar duas fiéis.De acordo com certidão do cartório do 5.º Ofício de Registro de Imóveis do Rio, à qual o Estado teve acesso, o apartamento foi doado pelo empresário francês Henri Bueno, de 78 anos. Na época, o imóvel foi avaliado em R$ 1,8 milhão. Hoje, segundo a Polícia Civil, o apartamento que ocupa um andar inteiro custa R$ 8 milhões.

Em depoimento, o empresário contou que decidiu doar o imóvel porque sua família - ex-mulher e quatro filhos - o abandonou quando ele começou a apresentar problemas de saúde por causa de problemas financeiros na década de 1990. Bueno disse que tem uma fábrica de roupas que já empregou mais de 3 mil funcionários. Contou também que quase foi à falência após o Plano Collor. Na ocasião, seus parentes tentaram interná-lo em uma clínica psiquiátrica contra sua vontade.

Por causa dos atritos com a família, Bueno contou que começou a ter crises de asma. Em 2004, por indicação de um amigo, passou a frequentar a ADUD, onde encontrou Silva e ficou curado da asma. Foi para se vingar da família que ele decidiu doar o apartamento à igreja. Ontem, o Estado não conseguiu contato com o empresário francês.

Lavagem de dinheiro

A Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) está investigando o patrimônio de Silva e de sua igreja. O objetivo é saber se o religioso usa a ADUD para lavar dinheiro do tráfico de drogas.

Mais cinco prédios no Rio, Paraná e Maranhão estão em nome da igreja. Uma fazenda em Nova Iguaçu, usada supostamente para recuperar dependentes químicos, e o Passat branco que Silva dirigia quando foi preso também pertencem à ADUD.Preso. A Justiça do Rio negou ontem dois pedidos de liberdade a Silva ajuizados anteontem.

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